No entanto, este não é o seu local de construção original; devido à construção da barragem de Assuan, e do conseqüente aumento do caudal do rio Nilo, o complexo foi transladado do seu local original durante a década de 1960 (isso mesmo, o monumento foi todo desmontado e reconstruído em outro local a fim de ser salvo de ficar submerso), com a ajuda da UNESCO.
Os templos foram mandados construir pelo faraó Ramsés II em homenagem a si próprio e à sua esposa preferida Nefertari, no Século XIII a.C. durante a XIX dinastia. A construção começou a cerca de 1284 a.C. e terminou aproximadamente vinte anos mais tarde.
Ramsés II iniciou o seu reinado em 1290 a.C. e reinou durante 66 anos, durante os quais mandou construir numerosos templos não só com o intuito de impressionar as nações vizinhas mostrando a grandiosidade do Egito e o poder do seu faraó, mas também recuperar o seu prestígio, perdido depois dos distúrbios religiosos e políticos durante o reinado de Akhenaton da XVIII dinastia quando Akhenaton tentou forçar a mudança do culto aos deuses egípcios ( politeísmo) para o culto a um deus único Atón (monoteísmo).
Como foi descoberto o templo
Com a passagem do tempo, os templos ficaram cobertos de areia o que provocou o seu esquecimento até que, em 1813, um orientalista suíço, Jean-Louis Burckhardt, descobriu o friso do topo do templo de Ramsés.
Burckhardt falou da sua descoberta ao explorador italiano Giovanni Belzoni que, embora deslocando-se para o Egito, foi incapaz de descobrir a entrada do templo.
Belzoni regressou em 1817, conseguindo desta vez encontrar a entrada e levando com ele todos os tesouros que encontrou no templo que pudessem ser transportados.
O Grande templo de Abu Simbel é um dos mais bem conservados de todo o Egito.
A sua fachada tem 33 metros de altura e 38 metros de largura, a sua entrada foi concebida como um pilone (porta monumental flanqueada por duas torres trapezoidais). A fachada é constituída por quatro estátuas com vinte metros de altura que representam o faraó Ramsés II sentado ostentando a coroa dupla da unificação entre o alto e o baixo Egito, a barba postiça, um colar e um peitoral com o nome de coroação. A segunda dessas estátuas foi parcialmente destruída por um terremoto em 27 a.C., a cabeça e o tronco de Ramsés encontram-se próximo da entrada. Na porta do templo existe uma inscrição criptográfica do nome do faraó: Ser-Ma'at-Ra e no meio das pernas das grandes estátuas podem ver-se pequenas estátuas de familiares de Ramsés II.
O santuário interno prolonga-se por 55 metros de profundidade e era o local mais sagrado do Grande Templo; por essa razão apenas o faraó lá podia entrar.
O grande templo de Abu Simbel é considerado uma das mais grandiosas obras do faraó Ramsés II e, para muitos arqueólogos, é o maior e mais belo dos templos.
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