de descanso de Tutankhamon. Até então, Carter não podia confirmar se a tumba realmente pertencia ao faraó. No dia 5 de novembro, escavando alguns centímetros de profundidade a mais que o dia anterior, conseguiu ler a inscrição em selos reais: “Tut-Ankh-Amon”. Estava então confirmada a sua certeza sobre aquele que seria seu maior feito. Os dias posteriores foram repletos de sucessivos acontecimentos até a abertura oficial da tumba em 29 de novembro. Seu tesouro é considerado o maior achado arqueológico que se tem notícia. Centenas de artefatos dos mais variados materiais (como ouro, lápis-lazúli, alabastro..) foram encontrados em uma sala anexa ao complexo funerário e sua múmia estava intacta.
[...]Descoberta em 4 nov. 1922. Depois de limpar os degraus que levavam à entrada da tumba, Carter telegrafou a Lord Carnarvon: “Por fim fizemos uma estupenda descoberta no Vale. Uma tumba magnífica com os lacres intactos. Recoberta como estava até sua chegada. Congratulações. Carter” Não se faz nenhuma menção a Tutankhamon, e a identidade do proprietário da tumba recém-descoberta não se revelou até aparecer seu nome na parte inferior da entrada fechada, quando foram retomados os trabalhos de escavação após a chegada de Carnarvon a Luxor, alguns dias mais tarde.[...] (HENRY JAMES, 2005, p.48)
Talvez o mais emblemático de todos os artefatos seja a famosa máscara mortuária de Tutankhamon. O retrato do faraó que reinou a milhares de anos foi conhecido depois que Carter o descobriu. Feita em sua maior parte de ouro, retrata a habilidade dos ourives egípcios. A máscara representa o faraó menino usando o toucado de nemes, com as duas divindades protetoras do Egito; Wadjet e Nekhbet, ambas feitas de ouro, lápis-lazúli, carnalita e cristal. Há ainda inúmeros detalhes que podem ser observados.
Costumo dizer que junto com as Pirâmides de Gizé, Tutankhamon é o embaixador do Egito. Foi através de seus tesouros, que o antigo Egito despertou interesse nas mais diversas instituições ao redor do mundo. A notícia da descoberta de sua tumba espalhou-se rapidamente por toda a Europa, fazendo com que milhares de pessoas tivesse o interesse em ver de perto tamanha beleza. Também nessa época surgiram contos como “A Maldição do Faraó” que envolvia o faraó menino e ao meu ver, serviu apenas para popularizar ainda mais o Egito.
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