es distintas, que formavam dois reinos rivais: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo Egito.
Por volta de 3.200 a.C. o reino do Norte dominou o reino do Sul, unificando assim, o Egito. O responsável por essa união foi Menés, que passou, então, a ser chamado de faraó, cujo significado é “casa grande”, “rei das duas terras”. O poder dos reis passava de pai para filho, isto é, era hereditário. Como os egípcios acreditavam que os faraós eram deuses ou, pelo menos, representantes diretos dos deuses na Terra, a forma de governo que se instalou foi chamada de monarquia teocrática.
Como podemos perceber, a sociedade egípcia era organizada em torno do faraó, senhor de todas as terras e de todas as pessoas. Ele era responsável pela justiça, pelas funções religiosas, pela fiscalização das obras públicas e pelo comando do exército. O faraó era considerado um deus vivo, filho de deuses e intermediário entre eles e a população. Em sua honra, realizavam-se inúmeros cultos.
Abaixo do faraó, e em ordem de importância, estavam o Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o Sumo-Sacerdote de Amon-Rá, um dos principais deuses do Egito Antigo. Os vizires contavam com a ajuda dos supervisores e dos nomarcas, isto é, os governadores dos nomos, os distritos do Egito. Os nomarcas por sua vez, eram auxiliados pelos funcionários do governo, os escribas, que sabiam ler e escrever.
A centralização política do Egito não foi de fato uma constante em sua história. Vários episódios de dissolução do Estado podem ser observados durante sua trajetória. Por volta de 2.300 a.C., uma série de contendas internas e invasões deram fim à supremacia do faraó. Nos três séculos subseqüentes os nomos voltaram a ser a principal unidade de organização sócio-política. Esse primeiro período que vai da unificação ao restabelecimento dos nomos corresponde ao Antigo Império.
Ao fim do século XXI a.C., o Estado centralizado foi restabelecido graças aos esforços do faraó Mentuhotep II. A servidão coletiva foi mais uma vez adotada, permitindo a construção de vários canais de irrigação e a transferência da capital para a cidade de Tebas. Mesmo sendo um período de diversas conquistas e desenvolvimento da cultura egípcia, o Médio Império chegou ao seu fim em 1580, com a dominação exercida pelos hicsos.
A presença estrangeira serviu para que os egípcios se unissem contra a presença dos hicsos. Com a expulsão definitiva dos invasores, temos o início do Novo Império.
Nessa época, presenciamos a dominação egípcia sob outros povos. Entre as civilizações dominadas pelos egípcios, destacamos os hebreus, fenícios e assírios. Tal expansão das fronteiras possibilitou a ampliação das atividades comercias durante o Novo Império.
O Novo Império, considerado o mais estável período da civilização egípcia, teve seu fim com a deflagração de uma série de invasões. Os assírios, persas, macedônios e romanos invadiram e controlaram o Egito ao longo da Antigüidade. Ao longo de mais de 2500 anos, os egípcios ainda foram alvo do controle árabe, turco e britânico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário