Os Egípcios possuíam um calendário de 365 dias e doze meses e já dividiam o dia em vinte e quatro horas. Algumas palavras da l
íngua portuguesa, como alquimia, química, adobe, saco, papel, gazela e girafa, têm origens na língua egípcia. De igual forma, certas expressões, como "anos de vacas magras", são também de origem egípcia. As crianças do Antigo Egito já brincavam a "macaca", tal como o fazem as crianças de hoje em dia, e os adultos apreciavam um jogo de tabuleiro, conhecido como Senet.
Na arquitetura, estão presentes no mundo contemporâneo certos elementos da arquitetura do Antigo Egito como o obelisco, que os Egípcios consideravam como um raio do sol petrificado. Ele está presente em várias cidades mundiais, como Buenos Aires ou no Monumento de Washington, nos EUA. Outras cidades possuem mesmo obeliscos que foram trazidos do Antigo Egito (Place de la Concorde em Paris, Praça de São Pedro, no Vaticano...). A construção piramidal, associada ao Antigo Egito, encontra-se também em edifícios como a Pirâmide do Louvre de Paris ou o Luxor Hotel de Las Vegas.
Alguns símbolos da alquimia são de origem egípcia, como a serpente ouroboros e a ave fênix. O papiro dos egípcios foi o antepassado do papel dos nossos dias.
Mas será porventura no domínio da religião e da espiritualidade que o legado do Antigo Egito está mais presente. Embora já não se veja na experiência religiosa de Akhenaton um monoteísmo puro nascido antes do monoteísmo dos Hebreus, não deixa de ser curiosa a semelhança entre versos do Grande Hino a Aton escrito por Akhenaton com o salmo 104 da Bíblia.
Os Egípcios acreditavam na necessidade de levar uma vida pautada por uma conduta ética de modo a assegurar uma vida no Além, um conceito presente em várias religiões dos nossos dias. O relato da morte e ressurreição do deus Osíris, lembra a própria morte e ressurreição de Jesus Cristo, no qual assenta o cristianismo. A Igreja Copta, que reúne a maioria dos cristãos do Egito, usa como símbolo a cruz ansata ou ankh, símbolo da vida no Antigo Egito. Segundo Heródoto, os sacerdotes egípcios praticavam a circuncisão e dedicavam alguns dias do ano ao jejum, dois elementos que estão presente em religiões como o judaísmo e o islã. Para além disso, os movimentos esotéricos e ocultistas tem também o Antigo Egito como referência, apropriando-se de elementos e símbolos desta civilização.
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